Terapia com Adultos
A vida adulta pode ser intensa. As responsabilidades, as pressões, as cobranças — externas e internas — muitas vezes nos afastam de nós mesmos. Em meio à rotina, é comum se sentir sobrecarregado, confuso ou até mesmo sozinho, mesmo quando tudo parece “normal” do lado de fora.
A terapia é um espaço de pausa. Um lugar onde você pode falar sobre o que sente, sem julgamentos, no seu tempo, com acolhimento e respeito. Aqui, você não precisa ter todas as respostas. Pode trazer suas dúvidas, angústias, medos e também suas conquistas e esperanças.
Não acreditamos que você esteja quebrado. Acreditamos que, com escuta, cuidado e reflexão, é possível se reconectar consigo mesmo, entender sua história e construir novas formas de viver com mais leveza, autenticidade e presença.
Se você sente que está difícil, ou simplesmente quer se conhecer melhor, saiba que não está sozinho.
Entender-se é um caminho possível em qualquer momento da vida.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não se limita à infância. Muitos adultos só descobrem que estão no espectro já depois de anos convivendo com uma sensação de não pertencimento, dificuldades nas interações sociais, sobrecarga sensorial ou exaustão emocional — sem saber exatamente por quê.
Receber o diagnóstico na vida adulta pode ser um processo transformador. Para alguns, traz alívio: uma explicação para experiências que antes pareciam isoladas ou confusas. Para outros, pode despertar dúvidas, medos ou o luto por uma vida inteira tentando “se encaixar”.
Adultos autistas podem ter alta capacidade intelectual, carreiras bem-sucedidas e habilidades únicas — mas ainda assim enfrentar desafios invisíveis, como a fadiga social, a necessidade de rotinas estruturadas ou a dificuldade em lidar com mudanças inesperadas.
Na terapia, é possível:
- Reconhecer e validar sua forma única de estar no mundo
- Trabalhar o autoconhecimento com menos julgamento e mais acolhimento
- Desenvolver estratégias práticas para lidar com o dia a dia
- Reavaliar relações, limites e autocuidado
- Resgatar sua autoestima sem a pressão de “normalizar” quem você é
Entender-se não apaga o passado, mas pode abrir caminhos mais leves e conscientes para o futuro.
Se você desconfia que pode estar no espectro, ou já recebeu o diagnóstico e está buscando apoio emocional, a terapia pode ser um lugar para começar.
Entre altos e baixos, existe um caminho possível de equilíbrio.
Viver com transtorno bipolar é lidar com extremos emocionais que podem ser intensos, confusos e, muitas vezes, solitários. Não se trata apenas de “mudanças de humor”, como ainda é comumente interpretado — mas de oscilações profundas, que afetam pensamentos, energia, relações e o modo como a vida acontece.
Na fase adulta, o diagnóstico pode vir depois de anos de sofrimento silencioso, crises mal compreendidas ou tentativas frustradas de se encaixar em padrões de estabilidade emocional que simplesmente não funcionavam.
O que muitas pessoas não sabem é que:
- O transtorno bipolar pode se apresentar de diferentes formas — desde episódios mais sutis (como na bipolaridade tipo 2) até quadros mais intensos (como na tipo 1);
- As fases de euforia (mania ou hipomania) podem parecer produtivas e até positivas à primeira vista, mas muitas vezes são seguidas de exaustão, impulsividade ou arrependimentos;
- A fase depressiva pode ser profunda, afetando autoestima, motivação e até o sentido da vida.
A terapia, junto com acompanhamento psiquiátrico, pode ser um grande aliado nesse processo.
Na escuta terapêutica, há espaço para:
- Nomear o que muitas vezes foi vivido em silêncio
- Identificar gatilhos e padrões emocionais
- Construir estratégias para lidar com as oscilações de forma mais consciente
- Trabalhar a aceitação do diagnóstico sem reduzir sua identidade a ele
- Cultivar um senso de autonomia e autocompaixão
Viver com bipolaridade é possível — e com o suporte certo, é possível viver com mais clareza, equilíbrio e dignidade.
Se você está em busca de um espaço de acolhimento e orientação, a terapia pode ser um ponto de apoio fundamental na sua jornada.
Quando o corpo grita o que a mente não consegue mais segurar.
A síndrome do pânico pode chegar de repente — em um dia aparentemente comum. O coração acelera, a respiração falta, o corpo treme, e a sensação é de que algo muito ruim vai acontecer. Para quem nunca passou por isso, pode parecer “exagero”. Mas para quem vive a crise, é real, assustador e solitário.
Muitos adultos convivem com o pânico em silêncio. Cancelam compromissos, evitam lugares, inventam desculpas. Tudo para fugir da próxima crise — ou do medo de que ela volte. A vida vai se fechando aos poucos, e o cotidiano se transforma em um campo minado de ansiedades e inseguranças.
Mas é possível recuperar o fôlego.
A síndrome do pânico não define quem você é. Ela é um sinal de que algo dentro de você precisa ser escutado com mais cuidado — não com culpa, mas com acolhimento.
Na terapia, você pode:
- Compreender o que está por trás das crises
- Aprender a identificar os sinais antes que eles se intensifiquem
- Desenvolver estratégias para lidar com o medo e a ansiedade
- Trabalhar as causas emocionais e traumas associados
- Retomar, aos poucos, sua autonomia e qualidade de vida
Você não está sozinho. Procurar ajuda não é fraqueza — é um gesto de coragem e respeito com a sua saúde emocional.
Se as crises têm tirado sua paz, saiba que existe apoio e tratamento.
Síndrome do Pânico na Fase Adulta
Entenda, reconheça e encontre apoio para retomar sua vida.
A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado por crises súbitas e intensas de medo ou mal-estar, geralmente sem um motivo aparente. Essas crises são chamadas de ataques de pânico, e podem durar alguns minutos, mas os efeitos emocionais e físicos podem perdurar por horas ou dias.
Sintomas mais comuns de uma crise de pânico:
- Palpitações ou taquicardia
- Falta de ar ou sensação de sufocamento
- Tontura ou vertigem
- Calafrios ou ondas de calor
- Tremores, sudorese intensa
- Sensação de desmaio ou morte iminente
- Medo de “enlouquecer” ou perder o controle
Após algumas crises, é comum que a pessoa desenvolva o chamado “medo do medo” — um estado constante de vigilância e ansiedade, esperando pela próxima crise. Isso pode levar a evitação de lugares, pessoas ou situações, gerando isolamento e limitações na vida social e profissional.
É comum confundir a síndrome do pânico com a ansiedade generalizada, mas existem diferenças importantes:
Síndrome do Pânico (1)
Aspecto: Ansiedade Generalizada(2)
Intensidade
(1)Altíssima durante as crises
(2)Moderada a alta, contínua
Duração
(1) Crises rápidas e intensas (minutos)
(2) Ansiedade constante, ao longo do dia
Foco
(1) Medo da própria crise ou de morrer/perder o controle
(2) Preocupações excessivas com o cotidiano
Sintomas físicos
(1) Muito intensos (taquicardia, falta de ar etc.)
(2) Presentes, mas menos intensos e mais prolongados